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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Insanidade

 Que noite fria e solitária, desde que ela havia partido e levado junto seu coração, nada mais fazia sentido. Um amor que começara de uma brincadeira inocente, de mãos atadas e olhares tímidos. Janira não era o tipo de mulher sedutora, mas tinha uma beleza estranha, algo em seu jeito que cativava quem passava em seu caminho. Mas sua sexualidade nunca tinha sido questionada antes, até Marisa aparecer e transtornar todo seu mundo, uma vida que antes era pacata tornara-se um misto de loucura e pesadelo. Se aquele cretino não tivesse aparecido e estragado tudo. Como pode um dia louco como este e ela alucinando, não podia estar vendo Marisa, pois ela estava morta. Seu ultimo suspiro fora em seus braços.Um vento forte batia na janela como se quisesse avisar que algo muito ruim estava prestes a acontecer...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Espectador da vida. Parte III

 Já faz 15 dias que ele está em um leito de hospital em coma, os médicos não estavam com muitas expectativas, pois seu trauma cerebral foi grave. Sua única visita durante esses dias não perdia esperança de ve-lo abrir os olhos novamente.
 Fernando quando soubera do ocorrido fora imediatamente até o Hospital Luz Divina para saber do estado do irmão, não criara coragem de avisar seus pais que estavam viajando pelo mundo em um cruzeiro comemorando os 50 anos de casamento. Não queria preocupa-los pois tinha certeza de que o irmão haveria de se recuperar antes de eles voltarem.
 Enquanto isso...
 Fabio estava em um lugar muito claro, conseguia enxergar muitas pessoas de branco, sabia que estava em um hospital, mas porque ninguém o enxergava? ele tentava correr, falar, mas não conseguia, apenas observava as imagens muito claras em sua frente. Levou um tremendo choque quando se deparou com a sua imagem naquela cama, com varios tubos em seu corpo, óbvio que aquilo era apenas um sonho, um pesadelo, iria acordar e estaria em sua cama quente. Se desesperou quando lembrou onde esteve antes daquele sonho, e então caiu na real, realmente estava em um hospital, pois alguém havia atirado nele. Perplexo sem saber direito o que estaria acontecendo, sentiu um brusco empurrão e...
 -Médico, alguém chame um médico.
Fernando gritava emocionado ao ver que Fabio abrira os olhos pela primeira vez...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Subsistencia- Parte III

 Como ela estava se divertindo com toda essa situação, era exatamente como havia imaginado, como estava em seus planos. Estava fazendo ele sofrer cada instante em que ela mesmo havia chorado por ele.Acendeu seu ultimo cigarro, estava muito nervosa, pois achou que estava indo um pouco demais. Mas algo em sua consciencia a mandava continuar, queria ir a fundo na obscuridade de seus desejos.
-Droga, não posso ficar sem cigarro, e esta hora da noite não tem mais nada aberto para eu comprar uma carteira. Gritou sozinha, louca, sim como uma louca, mas que se divertia com sua raiva, sua ira, sua vontade de vingança;
Passos.
O escuro era sombrio, tão sombrio quanto sua mente perversa.
 Havia abandonado suas vestes de freira pecadora e agora usava um vestido vermelho,que era bem mais a sua cara,ah aquele vestido vermelho, tantas noites loucas de sexo ardente vestindo aquilo. Desejo e loucura em sua mente, porque tudo aquilo não a deixava?
Passos.
Algo como uma sombra a envolvia, houvia nitidamente alguém que a estava seguindo.
Olhou para trás e percebeu que não era só uma impressão, viu a imagem perfeita de Marisa. Ela havia voltado...

domingo, 5 de setembro de 2010

Espectador da vida. Parte II

  Não conseguiu dormir a noite toda, cada vez que fechava os olhos via nitidamente a imagem de Marisa. Sabia que ela estava por perto, mas porque não aparecia? Porque estava fazendo aquilo com ele? Só podia estar querendo se vingar, mas ele a amava muito, iria até o inferno atrás dela se preciso fosse.
  Pegou seu carro e saiu pelas ruas, dirigindo feito um louco. Seu celular tocando novamente, numero nao identificado mais uma vez, apenas uma respiração ofegante do outro lado da linha. Por pouco não bate seu carro em outro que surgira do nada após seu descuido com o celular. Parou em frente ao Dunas, eles sempre vinham juntos beber e escutar música de qualidade. Estranho porque todo mundo age da mesma maneira quando não se tem mais a outra pessoa, ao invés de evitar os lugares que fazem lembrar,não, justamente o contrário, parece que se martirizar com a dor é o melhor a fazer. Pensando se entrava ou não, acabou entrando, tinha uma gota de esperança em encontra-la ali. Sentou-se no mesmo lugar de costume e pediu uma dose de whisky. Não conteve uma lágrima quando começou a tocar a música deles, sim, eles tinham uma música, todo casal apaixonado deve ter uma música, droda de novo o celular, mas dessa vez não era uma ligação e sim uma mensagem, seu coração disparou ao ler. NOSSA MÚSICA! Não pode ser ela estava ali o observando, mas onde? Olhou por todos os lugares, estava muito cheio, mas ele precisava falar com ela, pedir perdão, dizer que a amava. 
  A sensação de estar sendo observado sem saber de qual direção vinha era péssima, mas quando olhou a saída a viu em seu vestido vermelho que ele havia dado de aniversário para ela. Correu em sua direção, mas ela desapareceu entre os carros no estacionamento. Gritou seu nome várias vezes,sem obter resposta.O silencio fora quebrado por um tiro que vinha em sua direção, o acertou em cheio, ele caiu sangrando. Doía muito, não tanto quanto seu coração, mas doía...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Espectador da vida. Parte I

    Pela segunda semana consecutiva ele havia sonhado com Marisa, aqueles olhos sensuais, aquela pele macia que sempre o envolveu com tanta ternura, havia virado um pesadelo definitivamente. Porque fracassara? Porque se deixou levar por sua aparencia e carisma, nunca havia desconfiado que ela não era esta humilde flor que surge no campo. 
    Por mil diabos, não deveria ter se apaixonado.Sempre fora um homem frio e calculista.Tão obstinado pelo seu trabalho de advogado.Seus pais o elogiavam toda vida, dizendo:- Este rapaz é um verdadeiro guerreiro.
    E agora estava ali jogado, sem forças para mais nada, e o pensamento (Marisa, Marisa, Marisa). Sim, ele estava louco. Tentaria suícidio, ou mataria o primeiro que o contrariasse, mas jamais deixaria de pensar em Marisa. 
    Fabio aos seus 32 anos, construíra sua carreira e vivia em seu flat, problemas quase não haviam em sua vida a não ser os profissionais, cujos ele tirava de letra. Quem diria que uma mulher iria faze-lo decair tão a fundo. Precisava se reerguer,mas não tinha forças, nem coragem. 
    Seu celular estava tocando fazia alguns minutos e ele absorto pensando em seu sonho da noite anterior nem ouvira. 
   - Alô...
   Como resposta apenas uma respiração forte do outro lado da linha, ele sabia que era ela e seu sonho estava prestes a acontecer...

  

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

E falando em música. Esta é linda!

O poder do som...

Música para todos os momentos, não consigo viver sem ela, é inspiração para viver cada dia melhor. Mesmo na tristeza ela conforta.Música é o melhor remédio para qualquer situação. Música relaxa.Música diverte Música emociona. Música marca época. Música reabilita. Eu sempre, desde pequeno, realizei minhas atividades acompanhado por música. Estudando, por exemplo. Se desligassem o rádio, eu desconcentrava. Tinha que ser o contrário né!Minha mãe até desacreditava que eu estava realmente estudando, mas era a minha maneira. Sempre fui muito ligado com dança. Movimentar o corpo através da música, sinto um prazer tão grande quando estou dançando seja qual for o ritmo. 
   Como o post é para falar de algo que amo muito vou postar uma letra de música inspiradora!!


Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

domingo, 29 de agosto de 2010

Subsistencia - Parte II

   Sua mente era mesmo algo que não podia controlar, ajoelhada naquele altar admirando a imagem de Nossa Senhora pensando em como iria ser sua vingança. Ah como ele pagaria caro por ter lhe feito passar aquilo tudo. Sentiria o gosto amargo do seu veneno. Até agora todas freiras estavam a tratando super bem, não desconfiavam nem sequer de onde ela vinha. Como ela podia ser tão perversa a ponto de enganar a todos a sua volta, justiça, era a unica palavra que não saia de sua cabeça.
    Com permissão para sair do convento, pois tinha que fazer um novo documento que haviam lhe roubado junto com sua vida. Como aquelas ruas eram lotadas, enxergava nos olhos das pessoas passando o stress em suas vidas. Como podíam viver assim? 
    Tropeçando em seus pensamentos se depara com uma visão perfeita, quem seria aquele homem parado em frente ao chafariz? Que criatura mais bela, perdeu cinco minutos admirando, mas ele parecia não enxergar nada em sua frente, estava longe, o que estaria passando por aquela cabeça?
   - Por favor me empresta o fogo? Olhou o de cima a baixo parando a visão em suas coxas grossas ( que homem era aquele, parecia saído de um filme de cinema)
      Conseguiu arrancar um sorriso nos lábios daquele homem pensativo.
   -Não sabia que freiras fumavam.
   -Freiras fazem muitas coisas que você nem imagina.
     Virou as costas e saiu imaginando aquele homem em sua cama.

     Tería que correr para alcançar o ônibus que a levaria ao seu próximo destino.
 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Subsistencia - Parte I

     Admirada olhou tudo em volta, que cidade era aquela? quantas pessoas viviam ali? Porque corriam tanto e batiam sem querer umas nas outras? Impaciente e deslumbrada jogou sua mala ao chão, estava muito pesada e já farta de carregá-la, a viagem havia sido muito longa. Seu coração doía, ah como doía, muito mais que suas mãos. Queria ela esquecer o passado e reconstruir sua nova vida. Sim, podia se dizer que ela não era mais suja, não amava mais e nunca mais iria retornar. Suspirou e abriu sua mala para retirar o pedacinho de papel amassado com o endereço onde deveria ir. O lugar era uma espécie de convento. Que ironia não é mesmo? Depois de tudo que vivera até ali, fora parar justamente em um convento. Ao abrir a porta se apresentou a uma senhora que deveria ter seus 82 anos, uma vozinha fraca quase roca e um sorriso cansado a recebeu. 
- Boa Tarde, me chamo Lucélia,entrei em contato com a Irmã Soledad e ela me pediu que viesse o mais rapido possível.
      Agora não tinha mais volta, mesmo que quisesse, não podería mais regressar, havia assumido uma nova postura e tudo que acreditava até então tería se dissipado. Agora era uma moça devota e boa e se dedicaria somente a Deus. Toda humilhação que ela havia passado não sería em vão.
     Continua...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Miscelânea de pensamentos.

O que você está pensando nesse exato momento? O que outras pessoas pensam sobre você. Hoje parei pra pensar e percebi que o pensamento é algo muito valioso, seja ele passageiro ou insistente. Muitas vezes somos pegos pensando sem nem querer pensar não é mesmo?Uma situação: Você em um metrô lotado, ou até mesmo parado no trânsito em um engarrafamento, ou em um vôo noturno, quantos pensamentos juntos em um mesmo lugar... E aquela vontade de querer invadir o cérebro dos outros para saber o que ali se passa. 
Muitas vezes tenho vontade de gritar no meio de uma multidão, mas não faço porque? pelo mesmo motivo que comecei a escrever estas palavras. Pra que? Porque? Doque? Em que? Muitos ques e nenhuma resposta não é mesmo. 
Vamos deixar nossos pensamentos nos dominarem ou vamos gritar ao mundo o que realmente queremos?